Descobrindo Povos e Civilizações

Para quem tem interesse em conhecer novas culturas, seja por curiosidade espontânea, seja por necessidade profissional ou estudantil, mas anda com tempo curto para se debruçar em leituras quilométricas recomendo a coleção "Povos & Civilizações" da Editora Contexto.

A série tem como proposta transmitir ao leitor as características definidoras da cultura analisada em um condensado, de volume único, dos fatos marcantes que influenciaram a formação do povo a ser estudado. Faz-se um apanhado de eventos históricos que abrange os primórdios da civilização até os dias atuais, incrementando-o com informações sobre os hábitos e costumes de cada nacionalidade.

As edições contam com autores especializados, jornalistas, historiadores, professores que tiveram a oportunidade de viverem dentro da cultura abordada trazendo ao leitor relatos riquíssimos.



Claro que, por se tratar de um panorama geral enxuto, não dá para terminar a leitura acreditando conhecer de maneira profunda uma sociedade com séculos de história, mas acredito cumprir com o anseio de se passar informações essenciais muito úteis para quem pretenda inserir-se em uma nova realidade.

Tive a felicidade de ler algumas das publicações e deixo breve comentários e informações sobre cada uma:





Os Americanos


Escrita pelo professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e Mestre e Doutor pela Universidade de São Paulo (USP) Antônio Pedro Tota, a obra foi a responsável por me fazer associar uma palavra sempre que penso no irmão do Norte de modo mais amplo, como uma unidade, antropológico: fé.

Em uma Inglaterra dominada pelo ideário católico arcaico com suas práticas e costumes repressores, muitos habitantes encontraram no Protestantismo emergente uma interpretação mais satisfatórias das escrituras hebraicas e uma visão de mundo mais consoladora. Aspirando viver em uma terra sob escrutínio de censura abrandada, criou-se no cerne de parte da população o ímpeto de se aventurar em uma viagem longa e arriscada, pelo mar, até o inabitado e misterioso novo mundo que ficara conhecido como "América". Deve-se se acrescentar que a colisão de crenças não fora o único fator determinante para tal estímulo. A Inglaterra do século XVII passou por vários períodos de crises políticas e sociais, instabilidades que contribuíram para o despertar do desejo de encontrar melhor sorte em uma terra ainda pouco explorada pelo engenho humano.

"Os pilgrims (peregrinos), como ficaram conhecidos, eram trabalhadores da terra e pequenos sitiantes que achavam que a Igreja da Inglaterra não conseguia livrar-se de dogmas e características do catolicismo, o que punha em dúvida suas relações com Deus. Resolveram abandonar o anglicanismo e a própria Inglaterra. Em um grupo de mais de cem pessoas, eles iniciaram a viagem para a América, a bordo do navio chamado Mayflower, em direção à Virgínia. Por um erro de navegação foram parar na região da Nova Inglaterra, conjunto de colônias, com limites mal definidos, no litoral norte da América, próximo ao atual Canadá. Enfrentando um rigoroso inverno, e em consequência do escorbuto, dos cerca de cem colonos, somente cinquenta sobreviveram após sua chegada, no final de 1620. Acreditaram, em razão disso, que Deus havia dado forças especiais para os sobreviventes. Sua pequena colônia, Plymouth, foi absorvida por Massachusetts Bay, um empreendimento colonial mais bem preparado."

"A 'proteção divina' estimulou outros integrantes, em especial os puritanos, uma das facções do protestantismo. Em março de 1630, uma frota de navios puritanos, sob a liderança de John Winthrop, deixou a Inglaterra, iniciando o que se chamou de a Grande Migração".

Disseminou-se entre os americanos a crença de que a superação de diversas dificuldades para se chegar a terra almejada era um claro sinal da predileção da instância divina para com eles e tinham a obrigação de difundir e aplicar seus valores aos "selvagens". Curioso que, mesmo após tantos seculos, esse conceito perdura até hoje apesar de bem mais arrefecido e de já não se haver uma quase totalidade pró cristianismo; integra o discurso oficial para justificar, por exemplo, a expansão norte americana mundo afora e as suas inúmeras intervenções. É necessário "civilizar" regiões pouco assistidas com recursos e conhecimento, apresentar o "mundo livre".

Claro que duvido muito que a maioria dos agentes políticos que se utilizaram, e os que utilizam o argumento, realmente acreditavam da plausibilidade desse "dever divino" e apenas tentavam angariar apoio popular para medidas inglórias, e a considerar o discurso do mais recente presidente eleito, tornou-se um estratagema de comunicação sem efeito significativo, mas por muitos anos serviu  como infalível pretexto para engordar contas bancárias tal o enraizamento na cultura americana da fé indiscutível quanto a própria grandeza e responsabilidade.

Mas esse é apenas um aspecto levantado. Obedecendo ao princípio da coleção, o texto espraia-se em diferentes períodos, como Primeira Guerra, a Era Roosevelt, Hollywood, Cultura de massas, Era Obama e outros tópicos. 

Recomendadíssimo!



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Os Chineses


Escrita pela jornalista Claudia Trevisan, que há vários anos é correspondente internacional na China para grandes jornais brasileiros, a narrativa começa quebrando a linearidade clássica de descrever um princípio remoto e culminar no presente familiar. Presente e passado transitam conforme a necessidade do aspecto escolhido a se destrinchar da cultura chinesa formando um mosaico atrativo que percorre a história milenar da civilização.

Considero escolha sábia ao considerar a quantidade de material a se tratar, o limite de texto que provavelmente se estabeleceu para a publicação e o que deve despertar maior interesse: os hábitos e costumes de uma China contemporânea sob um regime comunista, mas de política econômica capitalista.

O gigantesco aporte financeiro introduzido nos últimos anos devido a abertura da economia sem dúvida é o grande responsável pela transformação do cotidiano dos chineses metropolitanos. A leitura expõe que o país asiático é a mais nova capital dos endinheirados, dos deslumbrados endinheirados. Os chineses gostam de ostentar sem constrangimento algum o poderio financeiro de que dispõem, fazendo questão de comprar produtos das marcas mais valiosas e até importando artefatos que encontram facilmente dentro dos limites do próprio território. Tudo na China é grandioso. Deve ser grandioso. Os prédios devem ser os maiores do mundo, os parques de diversões, as atrações turísticas, os estádios de esportes, etc. É uma maneira de demonstrar a pujança ilimitada da nação mais populosa do mundo no século XXI.

Chama atenção também a mutação célere das grandes metrópoles para se condicionar a nova realidade industrial e consumista proporcionando obras urbanísticas cada vez mais arrojadas e complexas, desfigurando a paisagem de centros históricos; estabelecendo um conflito entre o tradicional e o moderno; gerando descontentamentos em camadas mais conservadoras e deslumbre aos desapegados a tais tradições.

Outro aspecto curioso são as superstições dos chineses. Os números "4" e "13" são evitados por serem considerados de má fortuna, O "4" é temido por sua pronúncia ser muita parecida com a pronúncia da palavra "morte". Em razão disso, os prédios têm os andares dos respectivos números "ignorados", o mesmo se aplica com as terminações dos números dos apartamentos. O número "8" é o queridinho por ser considerado símbolo de prosperidade, riqueza. Não à toa, a data de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim foi em 8/08/2008.  Os valores dos números de celulares com o digito 8 valem o triplo dos que os que não o têm e, obviamente, os de dígitos 4 e 13 são os mais baratos por causa da baixa procura.

O atual governo Chinês vive uma batalha para desestimular hábitos adquiridos na Revolução Cultural que são um tanto chocantes para os ocidentais. Batalha que se intensificou com a chegada dos Jogos Olímpicos e com o país despertando cada vez mais atenção dos olhos do mundo. Sob o regime de Mao-Tsé-Tung, os "quatro velhos" - velhas ideias, velhos hábitos, velhos costumes e velha cultura - sofreram ataque brutal com o objetivo de "reeducar" a população. O incentivo era para que se distinguissem dos ocidentais burgueses, até nos modos, aprovando práticas como cuspir no chão ou arrotar depois das refeições, hábitos que perduram, mas, como dito, passaram a ser combatidas.

A mulher sofre um grande desprestígio na cultura chinesa. Tema que envolve questões de pensamento filosófico do venerado Confúcio como de questão econômica. Na China, reza a tradição de que o filho é responsável por cuidar dos pais na velhice, já a filha é obrigada a cuidar dos sogros. Como a demografia é um assunto caro no país e é de conhecimento geral a restrição imposta no número de filhos por habitante, a preferência sempre é dada aos meninos, ocasionando em milhares de abortos e abandonos quando da ciência do sexo indesejado da criança. Tal cenário estabelece a situação tensa  de uma maioria masculina dentro do território nacional instaurando um mercado negro de sequestros, compra, venda e prostituição de mulheres.

A exemplo da publicação anterior o relato abrange muitos outros assuntos dedicando atenção as artes como cinema, literatura, teatro; a Revolução Comunista, religiões, idioma, etc.

Um excelente livro.



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Os Argentinos



Até a leitura deste livro, palpitava que o país mais instável politicamente, em termos de América do Sul, era o Brasil e alguma nação africana em se tratando de proporção planetária. Tremendo engano, nossos vizinhos nos superam de lavada nesse quesito, com inúmeras revoluções, golpes e contragolpes durante sua trajetória. Houve o cúmulo de haver uma brevíssima presidência de 3 dias.

Evidente que as constantes turbulências  políticas provocaram verdadeiro caos econômico sendo a maior delas a do ano de 2001, batendo recorde de inflação, dívida externa e desemprego. A crise foi tão pavorosa que houve situações de se caçar gatos para preencher as panelas vazias nos bairros mais pobres. "Fica melhor se condimentado com alho." Conforme trecho do livro. Também destaco uma iniciativa interessante dos argentinos na época da terrível crise que foi a criação dos clubs del truenque (clubes de escambo) onde se trocava produtos e serviços por objetos em falta.

Durante esse período desastroso, a nação portenha teve cerca de 16 moedas, sendo 14 delas paralelas. Algumas chegando a circular por mais de um terço do território nacional, apesar das críticas ferozes do FMI a medida encontradas pelas províncias para impedir o total colapso financeiro.

Traumatizados com tantos descalabros econômicos, os argentinos passaram a levar com muita seriedade o tema, discorrendo diariamente sobre as decisões governamentais na área com o mesmo afinco que o brasileiro tem pelas decisões adotadas pelos treinadores dos clubes de futebol pelos quais torcem.

Um mito que caiu durante a leitura foi a da suposta rivalidade entre argentinos e brasileiros. Na verdade, os brasileiros que nutrem a rixa, porque os hermanos tem como principal adversário os ingleses, especialmente por causa do conflito pelas ilhas Malvinas. Eles não tem vergonha de dizer que entre uma disputa futebolística entre a seleção canarinho e os britânicos, torcem entusiasmadamente para o Brasil. Não é por menos, que  " El pibe de oro", Diego Maradona, é idolatrado como herói de guerra. Por que fez o gol que fez e ganhou a Copa que ganhou sobre a seleção inglesa.  Os argentinos admiram o Brasil pela grandiosidade de suas dimensões e obras, e pela alegria que esbanjam, traço que consideram exatamente o oposto por eles apresentado, pois se acham um povo triste. Afinal, é o país do Tango. Embora descobrir na leitura que o Uruguai tem uma tradição e predileção igual ou até maior pela dança.

"Acadêmicos brasileiros e argentinos costumam ironizar sobre as relações entre ambos os países com a seguinte frase:'os brasileiros amam detestar a Argentina... e os argentinos odeiam ter que amar o Brasil'. O Brasil é o país que os argentinos mais visitam quando viajam ao exterior; é a terra onde adoram passar férias; sonham residir em suas praias (para isso, o plano típico é o de ter uma pousada ou um barzinho à beira-mar). Desde 1979, em média, de 500 mil a 1 milhão de argentinos viajam anualmente ao Brasil."

"(...) Entusiasmados com o que eles denominam de "a alegria brasileira", os argentinos batizaram de ' Carnaval Carioca' a parte final das festas de casamento que realizam, com marchinhas de Carnaval brasileiro."


Por falar em Tango, surpreendeu-me saber que suas origens está ligada com as tradições africanas, um ritmo desenvolvido em momentos de descontrações dos escravos, pois imaginava que era criação genuínas dos nossos vizinhos. Por ter tal origem, o gênero musical enfrentou resistência das classes mais abastadas por o considerarem "indecente" e " luxurioso". Mas após algumas modificações de raízes italianas e o alto prestígio em salões de festas franceses, a adesão se tornou irrestrita consagrando o gênero.

França que é objeto de fascínio dos argentinos que é uma das nacionalidades que mais frequentam a terra de Napoleão. Na América do Sul, lideram disparadamente. Muito da arquitetura dos centros urbanos sofreram influência  do estilo empregado pelos europeus à época da construção.

A gastronomia é outro item abordado com relevância. Descreve-se a veneração do povo argentino pela carne bovina e como se deu o início dessa relação embevecedora com a carne, assim como joga luz a outros hábitos alimentares nas quais nós brasileiros não estamos acostumados, além de detalhar as estruturas dos famosos cafés argentinos, suas especialidades e história.

Outros tópicos também levantando na leitura: A relação dos argentinos com o Nazismo, a literatura, música, cinema, quadrinhos, costumes familiares e sociais entre outros.

Escrito pelo jornalista Ariel Palacios, correspondente do canal de notícia Globo News, por muitos anos pelo jornal Estado de São Paulo, cobrindo além da Argentina, o noticiário de Uruguai, Paraguai e Chile, o trabalho mostra-se notável e um ótimo pontapé inicial para conhecer de corpo e alma esse nobre povo.



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Os Russos


Tenho interesse e respeito pelo povo Russo desde que soube que foi a única nação a ter sofrido um ataque do III Reich, ter permanecido de pé e ainda repelir os invasores os derrotando. Acho sempre engraçado a comparação que se faz entre russos e franceses com o seguinte fato: os franceses (é bom  frisar: os franceses que tinham poder decisório na época do conflito, pois não fora feita um plebiscito antes de se tomar a decisão) resignados ante a derrota certa contra as tropas germânicas optaram pela rendição tendo como um dos objetivos preservar a história e a beleza da Cidade Luz. Os russos, cientes da derrota, resolviam abandonar as cidades atacadas, mas não sem antes destruí-las por completo para evitar que os inimigos usufruíssem dos espólios abandonados.  Vejo tal atitude como simbólica da valentia e determinação do povo russo. 

Algo que me surpreendeu na leitura desta obra foi a informação de que o país apresenta traço parecido com o Brasil: a diversidade.  Pois abriga de europeus a asiáticos e estes últimos introduziram elementos que se incorporaram na cultura russa. Como os bazares, comércio de vestuário e alimentos, cuja maioria de seus dirigentes são de etnias orientais; na culinária com os famosos pelmeni (pasteizinhos de carne com massa fina e cozidos em vez de fritos), o shashlik (churrasco em espeto com diversos tipos de carne, como de ovelha, misturado com hortaliças), os manti, plov, entre outros. Tinha a noção, e creio eu influenciado por descrições cinematográficas hollywoodianas que sempre retratam os russos como uns gigantes branquelos viciados em vodka e mal humorados, de que se tratava de um país sem qualquer tipo de mistura, apresentando uma homogeneidade gritante e monótona.

Gostei da exposição de teorias que tentam explicar o modo de ser dos russos. Uma com fator histórico é sobre a predileção dos habitantes por um governo mais centralizador, forte:

"Com o domínio mongol, os laços de vassalagem que uniam as cidades-Estados de Rus' a Kiev foram cortados. Moscóvia - como era chamado o Grão-ducado de Moscou sob o domínio mongol - era centralizada e iniciara um império em igual estilo. Este contraste com a descentralização Rus' kievana marcaria profundamente a psique social russa através dos séculos, como vimos. A ideia de que um Estado (gosudarstvo) centralizado e forte foi essencial para que a civilização e a sociedade russa florescessem tornou-se extremamente arraigada também no pensamento político russo."

"Essa foi uma experiência histórica bem distinta do liberalismo, que surgiria séculos depois na Inglaterra. Entre os ingleses, a ênfase nos direitos individuais e com um Estado mínimo foi vista como solução para resolver a opressão religiosa estatal. O movimento surgiu na Inglaterra com a Revolução Gloriosa do Século XVII. Até ali, o país tinha sido dilacerado por guerras civis, muitas de caráter religioso. Quando um grupo se apossava do poder estatal, impunha sua religião à sociedade. A solução encontrada pelo liberalismo foi diminuir o poder do Estado sobre o indivíduo e transferir a questão religiosa para a esfera (consciência) individual."

"Já a Rússia passou por uma experiência histórica diferente, reforçando a crença de que foi com o fortalecimento e a centralização estatal que a civilização e sociedade russas puderam florescer até seu apogeu. (...) isso ajudar a explicar, por exemplo, a popularidade de Vladimir Putin, nos anos 2000. Ele teria sido um gosudarstvennik (defensor de um Estado forte), que fortaleceu e recentralizou o Estado russo após o período Yeltsin nos anos 1990, caótico e com tendências centrífugas. O que foi encarado por muitos no ocidente como um processo autoritário de recentralização estatal, foi visto por um grande número de russos como um reequilíbrio da balança política."   

Outra de caráter mais psicológico é sobre a introversão dos russos. Creditada ao clima de baixíssimas temperaturas que os forçam a ficarem protegidos e isolados nas suas casas e cidades. Isso os estimulariam a serem mais reflexivos o que explicaria a formidável literatura que desenvolveram. 

Aprendi que é uma nação que preserva muitas áreas verdes e faz parte das atividades preferidas dos russos se instalarem em parques públicos e construírem a sua própria cabana para passar as tardes ensolaradas do verão breve.

Noteis dois fatos curiosos; na crise após o fim da URSS uma das medidas encontradas para driblar o aperto econômico foi o de prestar serviço de motorista. Um cidadão queria de "A" para "B", mas não tinha dinheiro para pagar o táxi ou queria economizar para investir em itens de maior importância. Ao ver um carro comum passando na pista, o cidadão dava um sinal para chamar a atenção do condutor e o questionava sobre o lugar a qual se dirigia. Se fosse no mesmo destino ou próximo de onde pretendia ir, combinava um valor a ser pago, mais barato do os de serviço de táxi, pela carona.

O segundo refere-se ao consumo de bebidas alcoólicas. Para impedir uma piora no quadro de saúde e nas finanças com o desenvolvimento de um vício incontrolável, implantou-se um sistema entre os cidadãos para jamais consumirem bebida a sós, sempre em três pessoas: "Isso porque beber sozinho é ruim (pode levar a problemas de alcoolismo e solidão), em duas pessoas pode ser enfadonho e,assim, três é o número ideal para uma atmosfera íntima, mas não solitária."

Escrita por Angelo Segrillo, professor de História Contemporânea da Universidade de São Paulo e especialista em Rússia e URSS, viveu muitos na Rússia e é autor de vários livros sobre o país,  o livro ainda aborda sobre a Revolução Russa, as origens e cristianização, festas, família, educação, mantendo a qualidade apresentada das publicações anteriores.

Recomendadíssimo.

Aproveito para deixar outra dica de livro que postei no blog: 
migre.me/u7aXk 
e o livro que ficção que publiquei há pouco no Clube do Autor: 
http://migre.me/vH9mN,
 http://migre.me/vHa9K


Boas leituras e festas!

Abraços.