A Conspiração


The Contender", ou "A Conspiração", no Brasil, é um dos melhores, senão o melhor, filme de bastidor político que já vi.

O Vice-presidente dos Estados Unidos morre durante o exercício do mandato, obrigando o presidente democrata, interpretado magnificamente por Jeff Bridges, quanto a isso não me cabe discussão, o melhor presidente em tela grande, Jackson Evans, a indicar um sucessor para o cargo. Porém, conforme a constituição americana, o nome precisa ser aprovado por um comitê extraordinário formado pelos líderes do congresso, presidido pelo republicano Shelly Runyon, Gary Oldman também fazendo grande trabalho. Jackson, almejando fincar na história um legado de sua gestão, opta por uma escolha inédita, a senadora Laine Hanson, Joan Allen, o diretor do filme, Rod Lurie, é tão fascinado pelo talento de Allen que confessou ter escrito o roteiro para ela, não haveria outra opção de atriz.


A escolha pela senadora desagradou ambos os lados. Os democratas por terem predileção a outro político que consideram ideal para assumir a função, contam a seu favor o alto índice de aprovação do eleitorado junto ao selecionado, e os republicanos, especialmente Runyon, por entenderem que Laine não está a altura do posto.



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A situação complica ao vir a público um suposto escândalo sexual vivido pela senadora em seus tempos de faculdade. As audiências no comitê transformam-se em verdadeiras batalhas argumentativas, dando margem a discussões sobre machismo, adultério, aborto, religião e outros temas.


Não é possível conduzir uma obra dessa sem bons diálogos e o filme é recheado deles. O roteiro transborda amadurecimento ao não ser apelativo, apressado ou covarde, com personagens bem construídos passando por situações extremamente críveis. Enfim, um filme que você não sente tratar-se de uma sacanagem um estúdio ganhar dinheiro com sua exibição.

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